terça-feira, 27 de dezembro de 2011

01h35



"Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido." (Pablo Neruda)


- Sabe? A maior besteira que fazemos com nós mesmos e com quem amamos, é colocar nas mãos dessas pessoas a nossa felicidade. Como podemos olhar para dentro e em volta de nós, e cometermos o pecado de achar que temos pouco, quando, na verdade, temos plena consciência de que temos tudo o mais de que precisamos?
- Às vezes, esse 'tudo' não foi feito pra você. Há um abismo entre a cabeça e o coração. No peito não cabe bom senso.
- Ninguém pode nos amar mais do que nosso próprio coração, e tampouco podemos amar a outrem mais do que a nós mesmos.
- Você acha mesmo que não é possível amar alguém mais do que a nós mesmos?
- Digo-lhe que acho, sim. Mostre-me um amor isento de expectativas e talvez eu pense diferente. Porque, no fundo, o que desejamos com o amor não é simplesmente 'amar'; é, principalmente, satisfazer a nós mesmos e com isso dizermo-nos felizes.
- Não tente entender. Nisso, não há lógica. Você não vai pensar diferente porque não há amor sem expectativas. 'Amar' requer reciprocidade, e somos humanos demais para entender que, de amor mesmo, nada se exige.
- Lógica alguma, realmente não há. E agora estou envolta em pensamentos desconexos que pouco dizem. Hoje, apenas não sei.
- O amor é escorregadio, mas não foge dos limites do coração. Vai doer mais um pouco, mas deixe o sangue escorrer. Hoje, não saiba. Só sinta.

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